São Paulo

Torcedores comemoram vitória do Brasil nos bares e ruas da Vila Madalena, em São Paulo

Tradicional reduto da boemia paulistana se transforma em point para ver os jogos da Copa

Miguel Arcanjo Prado, do R7

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Um mar de gente vestida com camisas verde e amarelo invadiu os bares da região da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, nesta terça (15), para acompanhar a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo da África do Sul.

Foto por Julia Chequer/R7

A bancária Juliana Marques levou seu bebê de um ano, Felipe, para a torcida

Apesar da partida difícil para os jogadores de Dunga, o resultado de 2 a 1 sobre a Coreia foi comemorados com o barulhento toque das vuvuzelas pelos torcedores. A bancária Juliana Marques fez questão de levar seu filho, o pequeno Felipe, para acompanhar os jogos das TVs dos bares da rua Aspicuelta. À reportagem, contou que ver o jogo ali foi conseqüência do trânsito caótico que São Paulo registrou momentos antes do jogo. - Meu plano era ver na região da [avenida Brigadeiro] Faria Lima. Mas como estava tudo parado, resolvi ficar aqui para não perder o jogo. Vestido a caráter, com a camisa verde a amerela dada pelo pai – que não conseguiu se juntar à família –, o pequeno Felipe aprendeu a gritar gol quando Maicon marcou o primeiro para a seleção. Ele repetiu o grito no segundo gol, de Elano. A administradora italiana Alessia Del Monaco, que há quatro anos vive no Brasil, se empolgou com o furor dos brasileiros. - Ontem torci pela Itália e hoje torço pelo Brasil. O italiano também é apaixonado pelo futebol, mas acho que o brasileiro torce bem mais na Copa. Torcida feminina em dois trios: a partir da esq., Ana Carolina Guilardi, Alessia Del Monaco, Gisele Yachitake, Juliana Müller, Danielle Rosseto e Patil Kalkajerian - Foto: Julia Chequer/R7 Um trio de amigas chamou a atenção dos marmanjos pelo excesso de charme e gritos a cada lance da partida, formado pela gemóloga Juliana Müller, a assistente de pessoal Danielle Rosseto, e a supervisora de produção Patil Kalkajerian. Otimistas, as garotas fizeram um bolão para o resultado da partida – todas apostaram na vitória brasileira. Mas quem levou a grana das colegas foi Danielle, a única a apostar no resultado de 2 a 1.

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Se o trio feminino despertava a atenção dos rapazes, o publicitário Edgar Figueiredo, com direito a vuvuzela e bandeira, ficou o tempo todo cercado por meninas. - Pensei em assistir no Anhangabaú, mas acabei optando pela Vila Madalena, porque aqui tem um público mais selecionado. O taxista Ricardo Massud, que perdeu o primeiro tempo por conta do trânsito, conseguiu chegar a tempo de ver os dois gols do Brasil em cima da Coreia, mas também pôde acompanhar o único gol coreano. - A seleção do segundo tempo consegue ganhar essa Copa. A que jogou no primeiro tempo, não. Mas, para falar a verdade, prefiro que o Brasil ganhe a Copa de 2014, que será aqui. Ao ouvir os gritos de gol, Massud lembrou de uma outra Copa. - A que mais me marcou foi a de 1998, quando conheci a minha ex-mulher durante os jogos. Ficamos 12 anos casados e nos separamos recentemente. Mas logo ele mudou o rumo da conversa para não dar espaço à tristeza. - Nada de ficar pensando no passado, vamos comemorar a vitória do Brasil. Colaborou Pedro Henrique Feitosa, estagiário do R7 À esq., o taxista Ricardo Massud dá aquele sorriso com sua bandeira no peito; à dir., o publicitário Edgar Figueiredo, com sua bandeira numa mão e a barulhenta vuvuzela em outra - Foto: Julia Chequer/R7

Shoppings barram carrinhos de bebê em escada rolante

Medida foi adotada por alguns centros comerciais para evitar acidentes

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Na tentativa de evitar acidentes em escadas rolantes, ao menos cinco shopping centers do Estado de São Paulo instalaram barreiras de metal que impedem a passagem de carrinhos de bebê. Nesses casos, os estabelecimentos recomendam que os frequentadores usem elevadores.

Na capital, já contam com esses equipamentos o Shopping Plaza Sul, na região da Saúde, o Boavista Shopping, em Santo Amaro, o Shopping Campo Limpo, todos na zona sul, e o Shopping Penha, na zona leste. No interior, o mecanismo foi instalado no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas.

O diretor de Assuntos Institucionais da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Luís Augusto Ildefonso da Silva, explica a adoção da medida

- Escadas rolantes não são o meio correto de transportar bebês em carrinhos. Os veículos certos são elevadores e rampas fixas.

Segundo ele, acidentes em escadas rolantes com carrinhos de criança, entretanto, são raríssimos.

No domingo (13), um garoto de 5 anos sofreu um acidente numa escada rolante do Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo. Ele passa bem.

Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, diz que as rodas do carrinho podem se prender no final da escada ou entre os vãos dos degraus. E, caso ocorra algum descuido e os pais tenham esquecido de atar o cinto de segurança na criança, o bebê pode deslizar para fora do carrinho porque ele é conduzido inclinado na escada. Para Alessandra, a iniciativa das barreiras é válida.

- A ideia deveria ser proposta por algum vereador e transformar-se em projeto de lei.

Fiscalização

Todas as escadas rolantes e os elevadores da capital devem ser cadastrados na Prefeitura. Há cerca de 60 mil equipamentos desses tipos em operação na cidade atualmente, segundo dados da Secretaria Municipal de Controle Urbano. Além do cadastro, as escadas rolantes e os elevadores precisam passar por vistorias mensais, que devem ser comprovadas à Prefeitura por meio de um documento chamado relatório de inspeção anual.