Home » »

Written By EDUCACIONAL MACKENZIE on quarta-feira | quarta-feira, setembro 22, 2010

Obra com fotos de Serra e Dilma é coberta na Bienal de São Paulo

Assessoria de imprensa do evento informou que trabalho será retirado. Obra do argentino Roberto Jacoby contém apologia à candidata do PT.

Do G1, em São Paulo

A obra 'El alma nunca piensa sin imagen'', do artista plástico argentino Roberto JacobyA obra 'El alma nunca piensa sin imagen'', do artista plástico argentino Roberto Jacoby (Foto: Divulgação)

A obra “El alma nunca piensa sin imagen” (“A alma nunca pensa sem imagem”, em português), do artista argentino Roberto Jacoby, foi coberta na tarde desta quarta-feira (22) na 29º Bienal de São Paulo.

A assessoria de imprensa do evento, que só abre para o público neste sábado, informou que a obra será retirada do Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo por orientação do Ministério Público Federal.

O trabalho de Jacoby inclui um palanque com microfone, vídeos e stencils que fazem apologia à campanha da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, retratada na obra em um grande mural com chapéu de cangaceira ao lado de um carrancudo José Serra.

Durante a montagem da obra, assistentes do artista usavam camisetas vermelhas com a frase "Brigada Argentina por Dilma".

Peça foi coberta na tarde desta quarta-feira (22)Peça foi coberta na tarde desta quarta-feira (22) (Foto: Paulo Liebert/Agência Estado)

Em um ofício enviado à Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo nesta terça-feira, os organizadores da Bienal afirmaram que, inicialmente, a obra de Jacoby "seria uma instalação que representaria, de forma fictícia, o momento das eleições presidenciais no Brasil, sem qualquer tendência política a partido ou mesmo a algum candidato". No mesmo texto, a entidade diz que ficou "surpresa" ao se deparar com "uma obra representando verdadeira campanha política" em favor de Dilma e pede orientações para "não ficar sujeita a qualquer penalidade decorrente de transgressão à legislação eleitoral".

'Cabos eleitorais' O ofício enviado à PRE-SP menciona ainda uma reportagem publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" em 17 de setembro em que o artista afirmava sua preferência pela "continuidade do governo do PT" e dizia que sua obra na Bienal incluiria "25 cabos eleitorais argentinos distribuindo panfletos, adesivos e buttons do PT e de sua candidata".

Em resposta à Bienal, a PRE-SP revelou que a exibição da peça pode caracterizar crime eleitoral com base no artigo 37 da lei 9504/97, que proíbe a "veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados" em bens cujo uso dependa do Poder Públicos — a exposição acontecerá no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, local que se enquadraria na classificação.

A opção de retirar a obra do espaço expositivo foi comunicada ao artista na própria terça-feira em carta assinada por Salo Kibrit, um dos diretores da Fundação Bienal de São Paulo, e enviada ao G1 pela assessoria de imprensa do evento nesta quarta.

Share this article :

Postar um comentário

Redes Sociais

Subscribe via RSS Feed If you enjoyed this article just click here, or subscribe to receive more great content just like it.
 
Support : Creating Website | Johny Template | Mas Template
Copyright © 2013. O Portal de Notícias do Brasil - All Rights Reserved
Template Created by Creating Website Published by Mas Template
Proudly powered by Blogger