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Written By EDUCACIONAL MACKENZIE on quarta-feira | quarta-feira, maio 26, 2010

R7 testou: levantamento mostra despreparo de postos para analisar qualidade da gasolina

R7 visitou 20 postos em cinco regiões de São Paulo e constatou problemas

Camilla Rigi, do R7

Daia Oliver/R7Foto por Daia Oliver/R7
Fábio Moraes Rodrigues, dono de um posto na zona norte, fez o teste da forma correta usando gasolina, água e sal
Uma resolução da ANP (Agência Nacional de Petróleo), de 2007, determina que todos os postos de combustíveis no país devem fazer teste para verificar a qualidade da gasolina quando o consumidor pedir. Durante dois dias no mês junho, o R7percorreu 20 postos da capital paulista - quatro em cada região - e pediu para que fosse feito o chamado "teste da proveta", que mostra a quantidade de água e álcool presentes na gasolina. Entretanto, o levantamento identificou que poucos são os funcionários que realmente sabem fazer a análise - seis se recusaram a fazer o teste e quatro o fizeram de modo incorreto.

Desde maio deste ano, o percentual máximo permitido é de 25%. O teste é feito da seguinte forma: o funcionário no posto coloca 50 ml de gasolina em um proveta de 100 ml. Depois, ele adiciona 50 ml de água misturada com sal. Neste ponto é preciso ficar atento, pois, para cada litro de água deve ser colocado 100 g de sal.

Na sequencia, a proveta deve ser tampada e invertida por dez vezes. Só então, álcool e água misturados na gasolina vão se separar. O consumidor deve esperar cerca de 15 minutos. A camada aquosa e transparente pode subir até, no máximo, 62 ml - a quantia de água e álcool presentes no combustível é calculada levando em conta o quanto essa camada transparente aumentou. Esse valor é multiplicado por dois e somado mais um. Se a conta der até 25, a gasolina não foi adulterada. Veja a seguir infográfico com passo a passo de como fazer o teste.

O que fazer em caso de recusa

Em seis estabelecimentos visitados, a reportagem foi informada que apenas o gerente ou o supervisor estavam aptos a testar a gasolina. Como esses funcionários não estavam no local na hora do pedido, o teste não foi realizado.

De acordo com a ANP, o consumidor tem o direito de solicitar ao posto revendedor de combustível que faça o "teste da proveta" sempre que julgar necessário. A realização do teste é obrigatória para o posto. Em caso de recusa, o motorista deve denunciar o estabelecimento por meio da seção Fale com a ANP na página da agência na internet ou pela central de atendimento 0800 970 0267.

Apesar de o teste ser obrigatório, parte dos funcionários, principalmente de postos com bandeiras, se espantou com o pedido da análise. Um frentista de um posto na zona norte ficou indignado e chegou a comentar com outro cliente que o pessoal do carro ao lado - no caso, a reportagem - tinha pedido para testar a gasolina. A reação foi diferente na maioria dos estabelecimentos sem bandeira, onde os empregados atenderam prontamente ao pedido.

Para o frentista Nilson Belarmino da Silva, são nessas ocasiões que os postos têm a oportunidade de mostrar que a gasolina é de boa qualidade. Silva, que trabalha na avenida das Nações Unidas (zona sul), fez também outros testes, como de temperatura e peso do combustível. No posto dele, o teor de etanol da gasolina foi de 21%, dentro do determinado pela ANP. - A gente costuma aconselhar as pessoas a pedirem [o teste da proveta] em outros postos para poderem comparar. Nos 14 postos em que o teste foi feito, todos estavam dentro da norma. No entanto, quatro resultados não puderam ser considerados, pois a análise foi realizada de forma inadequada. Em três situações, o funcionário usou água sem sal para misturar à gasolina. Em outra ocasião, a proveta utilizada era de 1 litro, e o funcionário não fez a inversão para mistura das camadas.

Os 20 postos visitados foram distribuídos em cinco regiões da cidade (norte, sul, leste, oeste e centro). A reportagem só se identificou após a conclusão do teste. Em um caso, na região central, além de o funcionário fazer o teste de maneira incorreta ao usar uma proveta maior que a recomendada, ele ainda cobrou R$ 1,18 pelo meio litro de gasolina usado. Segundo a ANP, o teste não pode ser cobrado. Procuramos o dono do estabelecimento, Eduardo Cavalcante, que alegou que o funcionário estava mal orientado sobre o teste. Ele argumentou que a rotatividade dos frentistas é grande e que não é possível treinar todos. Contudo, o valor cobrado no teste não foi devolvido.

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