Suspeitos de matar torcedor, diretores da organizada do Atlético Mineiro se entregam

Grupo presta depoimento à polícia em Belo Horizonte

Do Hoje em Dia

• Texto:

Eugenio Moraes/Hoje em Dia

Torcedores da Galoucura no fórum Lafayette, em Belo Horizonte

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Os cinco integrantes da torcida organizada Galoucura, do Atlético Mineiro, prestavam depoimento na tarde desta segunda-feira (13) no Departamento de Investigações após se apresentarem no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Eles estavam acompanhados do advogado Dino Miraglia, representante da organização.

O grupo é suspeito de matar o torcedor do Cruzeiro Otávio Fernandes, de 19 anos, no último dia 27 de novembro, após uma apresentação de Luta Livre no Chevrolet Hall, na Savassi, região centro-sul da capital mineira.

Compareceram ao fórum o presidente da entidade Roberto Augusto, conhecido como "Bocão", o vice-presidente, Marcos Vinicius, o "Vinicinho", e os associados William Palombo (Ferrugem), Diego Felipe, (Feijão) e Josimar Júnior. Na tarde desta segunda-feira, eles eram ouvidos pelo delegado Vagner Pinto.

Em seguida, o grupo deve ser encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) exame de corpo de delito. Em seguida, eles serão encaminhados ao Ceresp São Cristóvão, onde já está preso outro suspeito, Carlos Henrique Souza Araújo, o Macalé.

O advogado disse que outros três integrantes da Galoucura devem se apresentar nesta segunda-feira.

Vídeo mostra espancamento:

Prisão preventiva

Dino Miraglia criticou a forma como os delegados responsáveis pelo caso estão conduzindo as investigações. Segundo ele, este seria o motivo que levou os cinco suspeitos a se entregarem no Fórum Lafayette e não na delegacia.

- Como forma de respeito à Justiça e para garantir a integridade individual prevista na Constituição, achamos por bem apresentar os membros. Eles foram apresentados 40 minutos após a Justiça decretar a prisão preventiva. De acordo com Dino Miraglia, nenhum dos cinco que se apresentaram na tarde desta segunda foi identificado pela perícia criminalística da Polícia Civil como autores da morte do torcedor cruzeirense. O advogado, que é cruzeirense e assumiu o caso há duas semanas, afirma que não sabe o nome completo de seus clientes e que não tem previsão de quando entrará com o pedido de liberdade. Os três suspeitos restantes já são considerados foragidos e podem ser presos a qualquer momento em decorrência aos mandados de prisão temporária expedidos pelo juiz Glauco Eduardo Soares, do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. Macalé foi preso durante operação policial na sede da torcida organizada Galoucura, no bairro Carlos Prates, região noroeste da capital. Ele foi levado para o Ceresp São Cristóvão.