“Família Maradona” e obediência asiática levam a melhor no Grupo B
Argentina e Coreia do Sul deixaram para trás Grécia e Nigéria, promessas que decepcionaram
Do R7
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Daniel Garcia/AFPEducado, Maradona reclama com o juiz com respeito durante o jogo com a Grécia
Torcedores argentinos e coreanos vão passar a noite desta terça-feira (22) comemorando. As duas seleções se classificaram para as oitavas de final no grupo B da Copa do Mundo, e deixaram para trás Grécia e Nigéria, seleções que sempre aparecem como possíveis surpresas mas raramente fazem jus à fama.
A Argentina venceu os três jogos da primeira fase. Nesta terça, mesmo com o time basicamente formado por reservas, conseguiu bater a Grécia por 2 a 0. Sob o comando de Maradona, até os suplentes tiveram seu momento de fama. O veterano atacante Palermo, aos 36 anos, marcou o seu.
Derrotados, os gregos continuam provando que o futuro da seleção tende a ser bem diferente de um passado recente. Desde o título da Eurocopa de 2004, o país não conseguiu nenhum resultado significativo, como era de se esperar. No Mundial de 2010, venceu a Nigéria por 2 a 1, mas perdeu as outras duas partidas e deu adeus ao campeonato de forma melancólica. Pelo menos marcaram os primeiros gols na história das Copas.
Já os nigerianos mantêm a sina de serem eternas promessas. Ficaram famosos no Mundial de 1994, quando quase eliminaram a Itália nas oitavas de final. Foram campeões olímpicos em cima da Argentina em 1996, depois de eliminarem o Brasil na semifinal. E só. Nesta Copa, foram o saco de pancadas do grupo. O empate desta terça foi o melhor resultado dos africanos, que têm um bom goleiro, mas pouco brilho nas outras posições.
Diferente do que acontece com a Coreia do Sul, que não tem nenhum grande destaque, mas se diferencia dos demais pela força do conjunto e pela rapidez nos contra-ataques. Foi dessa forma que venceu a Grécia na primeira rodada e empatou com a Nigéria nesta terça. Buscam repetir o feito histórico de 2002, quando chegaram à semifinal na Copa que sediaram.
No próximo sábado (26), a Coreia do Sul enfrenta o Uruguai, às 11h. No dia seguinte, às 15h30, a Argentina enfrenta o México.
O renascimento de Maradona
Ainda não se sabe se Maradona vai seguir sua carreira de técnico após a Copa. Mas, aos 49 anos, ele se reencontrou no futebol. E faz questão de agradecer a seus comandados com muitos beijos depois de cada jogo. O ídolo argentino, que estava acabado para o esporte, conseguiu criar na seleção nacional uma espécia de “família Maradona”, algo que foi visto no Brasil no Mundial de 2002, quando Luiz Felipe Scolari levou o país ao pentacampeonato com a “família Scolari”.
Maradona repete alguns dos ensinamentos de Felipão. Valoriza seus craques (Ronaldo em 2002 e Messi em 2010), diz que a equipe tem “23 titulares” (assim como o brasileiro em 2002, escalou a maior parte dos reservas na último jogo da primeira fase) e mantém um ambiente bom no grupo. Para isso, joga baralho com seus jogadores e faz questão de deixar todos à vontade nas horas vagas. Liberou até sexo para os atletas nas folgas. Os torcedores argentinos, até este momento, agradecem.
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